A candidatura de Simone Tebet conta no momento com 65% de apoio dos delegados do PSDB, mas segundo o ANTAGONISTA, o risco é representado pelos 2% de votos do Data Folha.
“Afirma: se ela for incapaz de aumentar seu eleitorado na próxima semana, o partido vai rifá-la”; Ciro Gomes resiste as pressões internas e externas, não se sabe até quando resistirá. O patrimonialismo partidário em que cada sigla tem dono, funciona como os coronéis dos grotões, só que agora com o verniz dos chamados diretórios: o PSDB tem o Serra, o Aloisio Nunes e o FHC que manobra na penumbra; o PT tem o Lula, o PSD o Kassab, o PP a cúpula do Centrão (Ciro Nogueira, Arthur Lira), PL do famigerado Valdemar Costa Neto; e o PSL o enigmático Luciano Bivar e o PODEMOS do senador Àlvaro Dias. Essa turma manobra nos porões da política, articulam,sorrateiramente, fazem conchavos, evitam candidatos para a Presidência da República que possuam alguma rigidez de princípios e deliberam por baixo dos panos com vista a escolher o melhor candidato para atender suas “demandas” futuras. Essa autofagia eleitoreira conseguiu abortar as candidaturas à Presidência da República de: Mandeta, Alexandre Vieira. Rodrigo Pacheco, Sérgio Moro, João Dória e agora conspira contra as candidaturas de Ciro Gomes e Simone Tebet.
É comum no ensino fundamental se encontrar um professor sonhador movido pelo sentimento panglossiano asseverar: “qualquer um pode ser Presidente da República”, em regra desconhece o jogo sujo que acontece por baixo dos panos. Portanto, não nos enganemos, os políticos brasileiros são homens que trabalham pela sua prosperidade, ao tempo em lutam “pelo progresso do nosso subdesenvolvimento”. Ao se analisar o quadro político brasileiro, temos certeza de que Will Roger tinha razão: “Nenhum partido político é tão ruim quanto seus líderes”.

Mário Thomás
Articulista do Espaço Buriti