O mestre da prudência, o espanhol BALTAZAR GRACIÁN, em um de seus aforismas aconselha que se deve associar com aqueles com quem podemos aprender, diz: “Seja o convívio amigável uma escola de erudição e torne a conversação instrutiva. Faça dos amigos professores e combine a utilidade da aprendizagem com o gosto da conversa. Altere a fruição com a instrução. O que você diz será recompensado com aplausos; o que ouve com aprendizado. O que nos leva aos outros, em geral, é a nossa própria conveniência; aqui ela tem um sentido maior. Os prudentes frequentam a casa de renomados heróis que são mais palcos de heroísmo que palácios de futilidade. Alguns são notáveis pelo conhecimento e bom senso; pelo exemplo e pelo modo de agir, são oráculos de toda a grandeza. Aqueles que os cercam formam uma academia refinada de discrição e sabedoria elegantes”.
O espanhol Baltazar Gracián, escreveu sua “ARTE DA PRUDÊNCIA”, há mais de três séculos, muitos não se dignam de ler; outros por simples analfabetismo acham perda de tempo; contudo, são aforismos que ensinam a pensar e agir com cautela, é um manual que os políticos, sobretudo, deviam ler. Pois, pelo menos uma coisa deveria aprender: a convivência com áulicos, chaleiras e puxa sacos, em geral, pode até ser bom, mas que é muito perigoso o é.
Cartaxo Melo