

ANTÔNIO BANDEIRA: “Nunca pinto quadros. Tento fazer pintura”
PINTURAS DE ANTÔNIO BANDEIRA EXPOSTOS EM GALERIA


Antônio Bandeira (Nasceu em Fortaleza, 26 de maio de 1922 — faleceu em Paris, 6 de outubro de 1967) foi um pintor e desenhista brasileiro. É um dos mais valorizados pintores brasileiros e tem obras nas maiores coleções particulares em museus do Brasil e do mundo
Na adolescência e juventude demonstrava grande interesse pela poética desenvolvida por Van Gogh (1853-1890). Inicialmente (1941-1945) participou da fundação do “Centro Cultural de Belas Artes” que em 1944 se transformou na “Sociedade Cearense de Belas Artes”, contando com a participação de Inimá de Paula, Aldemir Martins, João Maria Siqueira e Francisco Barbosa Leite – entre outros – participando das primeiras edições dos Salões de Artes Plásticas sendo premiado, em 1944, com a medalha de ouro.
Conheceu o pintor e poeta Camille Bryen (1907-1977) e através dele o abstracionismo informal; herança de Gauguin, Van Gogh e Cézanne, filtradas pelos consagrados Matisse, Kirchner e Picasso, que seguiu após experimentar o “fovismo nas cores” e o “cubismo na forma”. Em pouco tempo, Bandeira romperia com o ensino tradicional, juntando-se a Wols (pseudônimo de Alfred Otto Wolfgang Schulze, foi um pintor alemão; 1913-1951) Camille Bryen (pintor, poeta e gravador ligado ao Tacxhismo; 1907-1977) dando origem ao grupo “Banbryols”, iniciais dos nomes dos três pintores. O grupo duraria de 1949 a 1951, quando Wols morreu.
Anos 1959-1964: Depois de cerca de cinco anos na Europa, nosso artista retorna ao Brasil para uma estadia prevista de seis meses que se estendeu por cinco anos! Continua exercendo atividade artística extraordinariamente intensa, viaja pelo território nacional; e, a partir de 1960 quando Alfredo e Giovanna Bonino abrem a galeria no RJ, novo incremento é dado à obra de Bandeira. Participa também de importantes exposições, em paralelo a mostras em Paris, Munique, Verona, Londres e Nova York.
Em 1962, PM Bardi lhe presta uma homenagem dizendo… “(…) este charmant cearense , mais conhecido em Montparnasse do que em Copacabana, é o artista que representa fora do Brasil a nossa arte de cunho genuíno, possante, por suas raízes sem sabor indígena. Bandeira é inconfundível.”