O Brasil não é páreo quando se trata da produção de cebola, no ranking dos maiores produtores do mundo: China, Rússia e Paquistão; na América do Sul, o Brasil é o maior produtor, seguido pela Argentina, Colômbia e Peru, mas em produtividade perde para o Chile e Peru; em nível nacional as regiões Sul e Sudeste são as principais produtoras de cebola, com destaque para Santa Catarina e Rio Grande do Sul; no nordeste se produz cebola em Pernambuco e Bahia, ainda que em pequena quantidade.
“A cebolicultura no Brasil é uma atividade praticada principalmente por pequenos produtores e a sua importância socioeconômica se fundamenta não apenas na rentabilidade, mas, na grande demanda de mão-de-obra, contribuindo para a viabilização de pequenas propriedades e a fixação dos produtores na zona rural, reduzindo a migração para as grandes cidades”.
Em Mauriti, um produtor rural, sem terra, arrenda uma pequena gleba, no Sítio Brejo Grande, introduz a cultura da cebola, em um e meio hectare de terra, sem apoio e com pouco recursos; empregou sua experiência, há muito cultiva cebola, fora do Ceará, valendo-se da qualidade do solo, da região do Coité, e da alta produtividade das terras, obtém um excelente rendimento.
Em um e meio hectare, ao custo de nove mil reais tirou uma excelente produção, de maneira que vai expandir a área plantada e diversificar a produção com o cultivo de melão e melancia.
Mauriti possui um dos mais abundantes lençóis freáticos do Ceará, solo diversificado e rico, não obstante precise de análise de solo, alguns insumos e o pequeno produtor enfatiza: necessitamos de orientação técnica, acompanhamento e acesso a banco, uma vez que temos trabalhado apenas com recursos próprios. Nosso município possui bons solos e água de subsolo de boa qualidade o que deu a Mauriti o privilegio de ser o maior produtor de grão do Estado, com destaque para a produção de milho; é um grande produtor de frutas, sendo o maior produtor de manga do Ceará. São constatações que exigem uma política agrícola municipal compatível com a pujança de nossa agricultura, a riqueza de nossos solos e a capacidade de trabalho, criatividade e empreendedorismo de nosso produtor rural.