UM OLHAR SOBRE AS ELEIÇÕES DE MISSÃO VELHA

As eleições em Missão Velha, 2020 – WASHINGTON X LORIN e a eleição suplementar 2021 LORIN X FITINHA dá para se constatar que a votação para os candidatos majoritários, no município, obedeceu a uma lógica de proporcionalidade entre as legendas das duas candidaturas: MDB E PDT.

(Quadro I) . Ao se examinar o desempenho das lideranças dos distritos e das localidades em geral, se identifica como esses líderes delimitam o espaço de seu comando, como é o caso de Macedinho MDB e Carlinho PDT, em Missão Nova; ou o desempenho das lideranças das famílias: Macêdo Fechine MDB e da família Rodrigues Silva PDT, em Jamacaru.

Para aqueles que irão disputar votos nas eleições estaduais e federais (2022) é importante observar, realmente, quem comanda votos em Missão Velha está nos distritos, localidades e bairros. Portanto, deputados estaduais ou federais que não souberem negociar com essa gente e se prenderem apenas aos maiorais da sede municipal podem estar cometendo um equívoco. Outro segmento que terá influência significativa nas eleições de 2022, as redes sociais. Esse é um espaço que fará a diferença, portanto os compradores de voto podem sofrer algumas decepções, pois no mundo da mídia eletrônica os pais já não têm o mesmo mando sobre os filhos; e os cabos eleitorais, dificilmente, controlarão os votos que compram.
De maneira que, isto já vem ocorrendo, pois a votação dos oito deputados federais com presença nas últimas cinco eleições no município de Missão Velha, nenhum deles, manteve a performance da eleição anterior: Genecias Noronha, é o caso mais gritante, obteve 2.104 votos em 2014, em 2018, desgraçadamente, só teve 03 votos, esse revertério nas urnas eleitorais, foi indicativo no total de votos em todo o Ceará: Genecias sofreu uma redução em sua votação de 51,23% de 2014 (221.567) para 2018 (113.515); Raimundo Gomes de Matos em 2006 tirou 770 votos, em 2018, 37; o mesmo ocorreu com Adail Carneiro, em 2006, 620 votos, só 29 em 2018; Zé Guimarães tem tido altos e baixos em suas votações: começou com 176 votos em 2006, 6,382 em 2014 e 3.778 votos em 2018, o que denota, de alguma maneira, a presença do PT no município, compromissos das lideranças locais e certa motivação de sua militância; por outro lado, a decadência eleitoral dos demais candidatos, mostra que a compra de votos começa a sofrer a partir do desalento do eleitor, com os candidatos que só aparecem de quatro e quatro anos.

 

MÁRIO THOMAS – Analista Político

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