O comércio desde o início das civilizações tem uma relação de retroalimentação com a cidade,ambos são causa e efeito da mesma centralidade que pressupõe o encontro do fluxo de pessoas, mercadorias, ideias e negócios.
Quanto mais pessoas adquirirem produtos e serviços na própria cidade, mais estável a economia, mais se fortalece o desenvolvimento local. Assim, ao expandir o consumo, os empreendedores fazem com que o dinheiro circule no município, o comerciante com sua criatividade impulsiona a economia, alavanca novas atividades, através de permutação de produtos, troca de valores, e ainda fomenta boas relações dentro da sociedade e expande os negócios. Podemos assegurar que essa é a dinâmica do empreendedor Sinval Vicente Furtado, mauritiense que se radicou em Monte Horebe, Paraíba e há nove anos retornou a Mauriti, tem sido exemplo de empresário com visão de futuro e que procura gerenciar seus negócios de maneira saudável, com vistas a sustentabilidade a longo prazo e não apenas o lucro a curto prazo. Nascido no Sítio Serra Verde, distrito de Anauá, Mauriti, a sua primeira atividade foi a agricultura, ao migrar para Monte Horebe, sua vida profissional tomou outro rumo: funcionário público por 12 anos, pequeno comerciante na cidade e vereador durante 4 anos. Ao retornar a cidade natal se estabelece na praça de Mauriti no ramo dos materiais de construção.

Sua experiênciaem Mauriti, como empresário, completou nove anos, em prédio próprio, o corpo funcional conta com dez colaboradores, seu filho que funciona como subgerente e ele, Sinval, como administrador da empresa.Sinval explica que escolheu Mauriti para se instalar porque, na sua avaliação, o município tem muito a prosperar, uma área territorial grande, terras boas, agricultura pulsante: grande produtor de milho, maior produtor de manga do Estado e logo, logo campeão na produção de banana; população considerável, mais de cinquenta mil habitantes, o que torna seu comércio promissor.
Ao instalar sua empresa em Mauriti, descobriu que o município não possui uma política de atração de investimentos, incentivos aos novos empreendimentos, por isso, afirma que não teve apoio direto da gestão municipal, mas, indiretamente, teve boa acolhida dos servidores públicos, na liberação de documentações e na boa receptividade. Acredita que o comércio da cidade é desenvolvido, porém, acha que a população deveria investir mais em produção/fabricação própria no lugar, para que houvesse o aumento da empregabilidade, e que a renda produzida ficasse no município, consequentemente,promovendo melhorias na condição de vida da população mauritiense.
Nota: Entrevista e degravação realizada por Cassiele Dantas – Texto Francisco Cartaxo Melo e Cassiele Dantas

Técnica em agropecuária
Acadêmica de Pedagogia
Estagiária do IZC (Instituto Zefinha Cartaxo)

Professor da UECE aposentado
Economista/Analista de
Planejamento Seplag/Iplance
aposentado
Consultor organizacional FLACSO
(Faculdade Latino Americana de
Ciências Sociais)