Não há, sim, dom que se mostre inesgotável
Frente a marcha dos anos dos poetas.
De limites as obras são completas,
Eis que o tempo não é inalcançável.
Se meu verso arrebenta confiável
Encantado mortais e criador
Não é prova que sempre irei compor
Com minha pena e tinta inesgotável.
Não há musa que conviva plenamente
Irrigando e nutrindo a mesma mente,
Pois se assim o fizer, a musa peca.
É preciso que tenha a liberdade
Para aguçar outros dons por vaidade.
Provando aos mortais que a fonte seca.