A história é o terror dos brutos e a tecnologia despe os acontecimentos, os fatos são desnudos em conformidade com o nível tecnológico, vejamos dois casos: em 1971, o governo Médici, o mais bronco dos presidentes militares, “censurou a divulgação do surto mortal de meningite no país”.
Mas, a tecnologia dava acesso, essas informações a alguns brasileiros, a BBC de Londres e a Voz da América. Os dois canais de comunicação espraiaram a notícia da meningite no Brasil e aqueles que sintonizavam esses canais difundiram a informação Brasil a fora.
Em 1974, assume a Presidência da República Ernesto Geisel, aquele que disse: “Bolsonaro é um mau militar”.Geisel: “não é possível censurar uma bactéria, nem se pode negar uma epidemia”; “importou 80 milhões de doses de vacina do Instituto Pasteur, da França, e, no ano seguinte deu início à Campanha Nacional de Vacinação contra Meningite”
Hoje, a vida social passa por um paroxismo mais aterrador, Bolsonaro nega covid, seus efeitos e tripudia sobre o afastamento social, a máscara e o tratamento cientifico. Só uma coisa ele não entendeu que o avanço tecnológico, internet, por exemplo, divulga e socializa suas ações em uma rapidez imaginável. O que o torna vulnerável social e politicamente. A comunicação rápida e fugaz será daqui para frente terror para os maus políticos. E a internet a memória atualizada dos fatos, do presente e do passado, o que torna sem efeito o aforisma de que “o povo tem memória curta”
Mário Thomás
Articulista do Espaço Buriti
