O IMPORTANTE PARA NÃO PROSCRASTINAR AS TAREFAS GRANDES E DIFÍCEIS

As transformações da escola ao longo do tempo, deixa para à história a disciplina rígida da palmatória, do castigo ajoelhado no milho, para a adoção da escola democrática de hoje: participativa, do aluno empoderado. Essa nova escola não tem castigos, mas sobrecarrega o aluno, com muitas tarefas, cuja expressão simbólica são as grandes mochilas, entupidas de livros e cadernos, uma pesada carga que o estudante arrasta em um carrinho ou carrega sobre o dorso inclinado.

O Jornal New York times, chama a atenção para o efeito colateral de tantas tarefas: “quanto mais você tem o que fazer menos se sente capaz de agir? Essa sensação de desamparo sempre parece surgir quando você tem uma dúzia de coisas em sua lista, todas igualmente urgentes. Ou aparece quando você tem uma grande coisa para fazer, realmente importante, e não sabe por onde começar. Em vez de trabalhar logicamente, seguindo sua lista, ou tratar aos poucos daquela tarefa gigante, seu cérebro age como se fosse um coelho que acaba de perceber um cachorro no quintal – ele para de repente”.

Para realizar suas tarefas, primeiro, você precisa diminuir um ou dois níveis de estresse. Tente respirar fundo algumas vezes, o que pode reduzir o cortisol, um dos principais hormônios do estresse.

Alivie um pouco da pressão também, dizendo a si mesmo que não importa se você fizer um trabalho ruim. Você sempre pode voltar e melhorar mais tarde. Pense no número de erros ou repetições que você se permitirá cometer, pontua Ellen Hendriksen, professora assistente clínica do Centro de Ansiedade e Distúrbios Relacionados da Universidade de Boston. “A resposta não pode ser zero.”

Começar com o item menor ou mais fácil também pode criar confiança e impulso. “Faça algo que você possa fazer e ter sucesso, porque nada aumenta o sucesso como o sucesso”, diz Joseph Ferrari, professor de psicologia na Universidade DePaul.

Outro lugar para começar é com o que é mais importante para outra pessoa. “Quando você se sente sobrecarregado, precisa se perguntar: como isso facilita a vida de outras pessoas?”, afirma Ferrari. “Se eu fizer isso, vou ajudar alguém? Se eu não fizer, estarei impedindo alguém de fazer o que precisa?” “Você usa algo que gosta de fazer para recompensar algo que não gosta de fazer”, sugere Ferrari. “Essa técnica existe há 50 anos e é muito bem-sucedida.”

Quando você evita algo que o deixa ansioso, reforça o que a doutora Hendriksen chamou de “as duas mentiras da ansiedade”. A primeira mentira é que a coisa realmente era ameaçadora, e a segunda é que você não poderia ter cuidado dela. “Quando evitamos as coisas, enfatizamos essas duas mentiras e nunca aprendemos que, ‘Ah, não foi tão ruim quanto eu pensava!'”, diz ela. “E olhe! Eu podia lidar com isso!'”

A chave é trabalhar com a ansiedade e ensinar ao seu cérebro que ele consegue funcionar sob estresse. Fazer isso cria confiança e bons hábitos para a próxima vez que sua lista de tarefas o assustar.

LEA FERREIRA MELO

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