A CEDULA DE DUZENTOS REAIS E O RESGATE DO LOBO GUARÁ

A cédula de duzentos reais com a estampa do Lobo Guará, além de ser uma homenagem ao Chrysocyon  brachyurus, é um alerta as autoridades municipais para que se envolvam na defesa de animais em condição de extinção.

O nosso Lobo Guará, sobretudo, no Nordeste ocupa áreas onde existe água, frutos, frutos silvestres, pequenos roedores e aves; “o guará alimenta-se também de pequenos mamíferos, marsupiais e, em menor escala, de insetos e répteis”. Em Mauriti, é comum encontrá-lo nos sítios do Coité, nos baixios do São Miguel, em especial cruzando os plantios de frutas que se estende do Coité ao São Miguel e no entorno da lagoa d Mauriti.

É inadiável que o governo local exercite sua visão de futuro, examine o que fazem municípios de regiões desenvolvidas em relação a preservação de animais silvestres; programas desenvolvidos por esses municípios; levantar as fontes de recursos existente, são fontes de financiamento voltadas para o apoio da conservação e desenvolvimento do meio ambiente e preservação de animais em condições de extinção. Preservar áreas ciliares dos riachos intermitentes; separar uma área para instalar uma reserva onde se possa manter o Lobo Guara, o gato do mato, a onça vermelha que circula da Serra da Área, cruza terras do distrito de Santa Cruz e se perde nos serrotes do Anauá; sem falar na riqueza silvestre dos serrotes do Gomes, serra do Sítio Santana, Urubu, Canabravinha, entre outras. Em um mundo em que há uma defesa cerrada do meio ambiente e recursos para preservá-lo, a existência de um plano estratégico voltado para a conservação do bioma, preservação de animais em condições de extinção, reflorestamento de áreas ciliares, funciona como catalizador para o desenvolvimento sustentável desse município, ao tempo em que promove a administração do seu gestor.

O gestor municipal, hoje, não pode se afastar da realidade global, e a realidade global tem como premissa a sustentabilidade: defesa do meio ambiente, conservação dos recursos naturais existentes e a defesa intransigente dos animais em extinção: seja as baleias das águas polares às tropicais, o lobo guará, mico leão, a arara azul, etc. Parodiando, Fernando Pessoa, podemos dizer: quer ser universal gestores municipais defendam e implantem ações em defesa da sustentabilidade.

ÉRICA BONITO FÉLIX – PESQUISADORA CULTURAL

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