Para se entender a chegada das primeiras famílias a região de Mauriti, deve se entender, pelo menos, alguns pontos da colonização do Brasil, por exemplo: “o Brasil só passou a ter alguma importância três décadas depois de descoberto; até então era pouco mais que uma eventual escala na “carreira” da Ìndia” ¹. Na divisão das Capitanias Hereditárias, a capitania do Ceará é dada a Antônio Cardoso de Barros que nunca a ocupou efetivamente. Já o Cariri, consta que foi descoberto e teve início seu povoamento por volta dos anos 1660 a 1680, por aventureiros baianos que seguiam o Rio São Francisco. Porém, só na metade do século XVIII, foi construída a primeira capela do Cariri, em Missão Velha, dando início a ocupação dos demais territórios do sul do Cariri.
Mauriti, por sua vez foi vítima dessa ocupação tardia, de maneira que, em 1704 teve ao largo de suas terras os primeiros sesmeiros, como Capitão João Dantas Aranha, Caetano Dantas Passos, Alferes Pedro Dantas Barros, Capitão Manoel Da Silva Garcez, Domingos da Cunha Cerqueira, Capitão Bento Correia de Lima e o Capitão Antônio de Barros Leite. Todos eles residentes fora do Ceará, em Pernambuco ou Bahia; por isso, negociaram suas sesmarias, sem jamais ocupá-las, mais tarde vendidas para outras famílias, só que com áreas territoriais menores, são pioneiros nessa ocupação:
1 – DANTAS ROTHÉIA —- BRASÃO

Cujo o patriarca em Mauriti foi ANDRÉ GONÇAÇALVES DANTAS ROTHÉIA, filho de Jardim Ceará, casou-se em Mauriti com ANA PEREIRA TAVARES DE QUENTAL; pai de MIGUEL GONÇALVES DANTAS DE QUENTAL, que nasceu em 1846, no Sítio Dantas, Mauriti; casou-se em Cajazeira, Paraíba, com ANA CORDULINA DO COUTO CARTAXO. Capitão Miguel Dantas foi o fundador de Mauriti, construiu a primeira capela em devoção a Nossa Senhora da Conceição e conseguiu a emancipação, da então, vila Buriti Grande, desligando-se de Milagres, em 1890, com o nome de Mauriti
- TAVARES MUNIZ de QUENTAL – BRASÃO

Primos dos Gonçalves Dantas Rothéia, residiam em Mauriti, agropecuaristas.
- Leite de Araújo Lima – ARGINA LEITE DE ARAÚJO LIMA

BRASÃO
Filha do município de Milagres, por volta 1874/1880, passou a residir em Quixabinha com os filhos: Augusto Leite de Araújo Lima, Raimundo Leite de Araújo Lima e João Leite de Araújo Lima; Augusto Leite exercia liderança política em Mauriti e Milagres, grande agropecuarista; João Leite de Araújo Lima foi vereador de Mauriti e agropecuarista e o irmão Raimundo Leite agropecuarista em Quixabinha.
- Martins de Morais – BRASÃO

Capitão João Martins de Morais, agropecuarista, nasceu em Missão Velha 1761, casou em Mauriti em 1801, com Antônia Maria do Espírito Santo Furtado Leite, filha de Gregório Maranhão, de Umburanas, moradora na Canabravinha, Mauriti, pais dos Martins de Morais de Mauriti. Produtores rurais.
- Dias da Costa – COITÉ – BRASÃO

Domingos Dias da Costa, casado com Inês Correia Palatenha, no início do século XVIII, apossou-se do sítio Olhos d´água do Coité, alargando seus domínios para o leste em direção da Paraíba. Era agropecuarista
- FURTADO LEITE- BRASÃO

Com origem em Aracati, chega ao Coité dois irmãos, Tenente Luís Furtado Leite e seu irmão Capitão Manuel Furtado Leite, casaram-se, respectivamente com MARGARIDA DIAS DA COSTA e JOANA CORREIA PALATENHA, são negociantes e produtores rurais.
- MARANHÃO – BRASÃO

Gregório Alves Maranhão casou-se com ISABEL FURTADO LEITE, irmã do Capitão Luís Furtado; da descendência de Gregório Maranhão se destacaram Padre Maranhão e o vereador e primeiro prefeito de Mauriti DOMINGOS FURTADO MARANHÃO.
- LACERDA – BRASÃO

CATARINA LOPES DINIZ CASOU-SE COM MANUOEL Furtado de Lacerda, irmão de do CORONEL NAZÁRIO FURTADO DE MARIA LACERDA, grande agropecuarista.
ESSES TRONCOS FAMILIAR SE ENTRECRUZAM E DERAM ORIGEM AS FAMÍLIAS DO COITÉ: (5) DIAS DA COSTA, (6) FURTADO LEITE, (7) MARANHÃO E (8) LACERDA. Atualmente, sendo as mais conhecidas, as famílias: FURTADO LEITE, MARANHÃO E LACERDA

FRANCISCO CARTAXO MELO, Aposentado como professor da UECE, economista/Analista de Planejamento da Seplag/Iplance Consultor organizacional FLACSO (Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais)