“GOVERNAR É ABRIR ESTRADAS” OU, SIMPLESMENTE, REESTRUTURÁ-LAS

Esse é o moteque deveria ser encarado, com responsabilidade, pelos gestores municipais, sobretudo, em uma comuna identificada com a produção agropecuária, como somos nós: o maior produtor de manga do estado, um dos principais produtores de milho, maior produtor de leite do cariri, logo estaremos entre os dez maiores produtores de banana do Ceará.

No entanto, navegamos em um mar de reclamações vindas do produtor rural, em face das dificuldades em escoar a produção, pelo menos chegar as vias estaduais e federais. O município é cortado pelas CEs (CE-384, CE- 152 e CE-197), que acessam a BR-116 no Ceará e a BR-230 na Paraíba, portanto a logística para o acesso de nossa produção ao mercado nacional está posta. Em nível local os gestores não podemdesprezar o que disse Washington Luís, fluminense de Macaé, que consolidou sua vida pública em São Paulo,foi o 13º presidente do Brasil(1926-1930) e último presidente da chamada República Velha; cunhou a famosa frase: “GOVERNAR É ABRI ESTRADAS”, defendia que: “As estradas aproximam os centros produtores dos centros consumidores, valorizam as terras que atravessam, tornam baratos os produtos que exploram e trazem a facilidade de comunicação para correios e escolas!” Para não ficar só no Brasil, nos Estados Unidos da América a dimensão da importância das rodovias,foi defendida pelo presidente Dwight D. Eisenhowerno seu grande plano e no poder com o qual foi capaz de transformar o país,a partir do planejamento econômico; com isso mudou o modo como vivia e trabalhava o americano do norte, ao construir trilhões de quilômetros de rodovias, facilitou a mobilidade das pessoas e o escoamento da produção.
Faço essas observações olhando para a degradação de nossas estradas vicinais, a cada passagem do inverno,e o tamanho insignificante de nosso problema, pouco mais de 1.200 km, de rotas carroçais degradas, por onde escoa a produção do município.A frase do homem paulista deveria ser carregada na algibeira da memória de nossos políticos, não como pensamento único, mas como princípio daquilo que o presidenteJuscelino Kubistschen (1956-1960) defendia: o desenvolvimentismo, a partir de energia, TRANSPORTE (estradas), indústria, educação e alimentação. Estamos tratando de atender ao homem, suas expectativas e sonhos, portanto o desenvolvimento é o sonho de todos. Sem esquecer o que nos ensina a ONU: “Criação e fortalecimento de uma cultura de sustentabilidade e responsabilidade”; o que não desanima nossas expectativas quanto a exploração da fruticultura, expansão de nossa bacia leiteira, retomar nossa primazia em nível estadual da produção de grãos. Precisamos entenderque ocorre saturação das áreas densamente industrializadas, o que exige a ampliação das redes de transporte pelo território brasileiro, que logo nos pressionará, o que, indiscutivelmente, exige programas voltados para ampla oferta de mão de obra qualificada. O município não pode descuidar.

Mário Thomás

Articulista do Espaço Buriti

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